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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Acenda a lanterna: filho de peixe, tubarão é...


O sol nasce para todos, mas ele costuma brilhar um pouquinho mais para quem está sob os holofotes da fama. Na maioria das vezes, o sucesso é resultado de muito esforço e não de um momento de iluminação como aquela lâmpada que se acende no momento de uma ideia genial.
No entanto, quando se tem um padrinho forte segurando a “vela” deste batizado para o estrelato, fica muito mais fácil ser digno dos flashes dos paparazzi. E quando o “afilhado” começa a brilhar mais que o seu padrinho?

Exceto João Batista, que não fazia a menor questão de ser a estrela da situação ao afirmar que viria outro depois dele e que este seria o maior dos profetas,
nenhum precursor planeja que seu apóstolo torne-se maior que o mestre. Mas os exemplos de lampeões que lançam verdadeiros refletores no mercado são inúmeros.

Neymar era um centroavante de bom nível técnico, mas que nunca sentiu o reluzir da taça de um campeonato importante. Há 15 anos, ninguém desconfiava que aquele menino que acompanhava o pai em seu fim de carreira se tornaria o maior craque do futebol brasileiro na atualidade: Neymar Júnior ou simplesmente Neymar, pois
a bola do progenitor era como se fosse um candeeiro com a chama quase se apagando se comparada ao spotlight que seu filho mostra em campo.

Isto é um fato imutável, tanto quanto uma estrela brilha muito mais que um asteroide. Mas, às vezes, o segundo sol pode chegar ainda que os astrônomos digam “se tratar de um outro cometa”. É o caso de Xororó, que junto com o seu irmão Chitãozinho formaram a dupla sertaneja de maior sucesso da década de 1980, mas
ficaram ofuscados com o sucesso dos seus filhos Sandy e Júnior no fim do século passado.

Eles já não eram mais filhotes de um dos “Passarinhos do Brasil”; a partir de então, Xororó era o pai de Sandy e Júnior. Mas nos clã dos Lima (os de Astorga), a revelação de Nando Reis interpretada por Cássia Eller, felizmente (opinião minha), deixou de fazer sentido. A dupla que fez a alegria de adolescentes que hoje estão com quase 30 anos se separou e o pai e o tio voltaram a ser o farol artístico da família.

Estrelas não existem para sempre. Muitas das que vimos hoje no céu podem ter desaparecido há milhões de anos. Por isso,
quando as luzes estão apontadas para onde você se encontra no palco da vida, o melhor a fazer é tentar reluzir o melhor de si com brilho próprio.

E o mais importante: não se pode temer o novo. Se ele vier de dentro da família, significa que o exemplo inspirou algo de bom.

Ser superado não é problema neste universo cheio de corpos luminosos e iluminados. “
Keep calm e deixa de recalque”, pois, insisto, o sol nasce para todos.



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