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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Voar sem sair do chão. Sim, você pode!



É um pássaro? É um avião? Não! Pode ser tudo, menos o Super Homem...

Como “grandes poderes trazem grandes responsabilidades”, conforme diz outro herói, o Homem Aranha, deve ser muito chato ter a missão de salvar o mundo, mas não seria nada mal se pudéssemos voar.

Admirado pelo ruflar das asas dos pássaros, esse sempre foi o sonho do ser humano desde a Antiguidade – incluindo a narrativa mitológica grega de Ícaro e as experiências desastradas dos cientistas da Renascença – até Santos Dumont (ou os irmãos White, como preferir) inventar o avião. Ter asas (ainda que de aço) que façam o corpo ser mais leve que o ar é fundamental para viver essa experiência maravilhosa, mas pretendo falar aqui de outro tipo de voo.

Quero dizer que não só com asas é possível voar. A vida fica mais alada com tudo aquilo que nos faz tirar do chão, que salva da mediocridade a Smallville do nosso ser.

Fernando Pessoa diz que "somos todos anjos de uma só asa, e só podemos voar quando nos abraçamos uns aos outros". Com todo o respeito, permita-me discordar em parte com o grande poeta português: imagem e semelhança do Criador, temos potencial para sermos anjos completos, com duas asas, a diferença é que nós, pobres mortais, precisamos ter alguém que coloque fé nelas.

Muitas pessoas têm esse poder e, felizmente, a vida me deu a oportunidade de conhecer uma delas – uma espécie de Mulher Maravilha. Antes disso, não fazia a menor ideia do que os versos do Pessoa pudessem significar...

Por contingências da vida, este alguém não faz mais parte do meu convívio, mas me deixou a certeza de que posso ir além do que meus olhos podem ver. Ao fortalecer a minha confiança, minhas asas ganharam o vigor necessário para alçar grandes voos – algo parecido com os condores que vivem a maior parte do tempo no alto das montanhas e, na mitologia inca, são entidades imortais e responsáveis, entre outras coisas, por resgatar as almas.

Guardadas as devidas proporções e sem envolver os ritos praticados amplamente na região dos Andes, foi exatamente isto que aconteceu comigo. Garanto que tal experiência foi inesquecível, colocou meu existir em um patamar jamais atingido outrora. Deixar que pessoas assim passem (e, de preferência, fiquem) em nossa vida é passo imprescindível para a felicidade.

Além dela, sei que neste mundo existem muito mais pessoas que possuem tal poder. Talvez uma delas seja você, caro leitor (a). Pode ser ainda que você esteja necessitando desse soprar nas asas para iniciar uma nova vida, superar todo sentimento de autopiedade.

Muitas vezes, renunciar à capa do orgulho e aceitar ser ajudado é um ato tão corajoso como estender a mão quem precisa. Uma coisa é certa: para ser herói, é necessário muito menos poderes do que aqueles que o Super Homem, o Homem Aranha ou a Mulher Maravilha têm...

Seu ato de heroísmo pode não aparecer nas histórias em quadrinhos ou nas telas de cinema, mas será capaz de transformar vidas de uma forma muito mais intensa do que você imagina. Caro Clark Kent, amigo Peter Parker, prezada Diana Prince, que tal vestir a capa da generosidade e começar a mudar o mundo à sua maneira, sem esperar aplausos do grande público? 

Desperte o herói que existe em você!



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