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sábado, 19 de setembro de 2015

Saudade dos pampas



Amanhã, 20 de setembro, é Dia do Gaúcho. A escolha da data não foi à toa, pois foi nesta data, em 1835, que teve início a Revolta dos Farrapos, o conflito armado mais extenso da História do Brasil, com 10 anos de duração.
Em tempos de “paz”, qual sentido associar o orgulho de um povo a uma guerra? Simples: Bento Gonçalves, Giuseppe Garibaldi e seus liderados externaram o descontentamento de uma região que desde sempre foi relegada ao segundo plano.

Comandado pelo imperador-menino no Rio de Janeiro ou pelos engravatados de Brasília, o Sul ainda carece de maior atenção do governo federal. Este sentimento de “isolamento” talvez seja a principal razão de grande parte dos gaúchos terem muito mais orgulho de seu estado do que do país.

Movimentos emancipatórios – como o “Sul é o Meu País” - à parte, este fenômeno contribuiu para o fortalecimento da cultura dos pampas, criando uma legião de admiradores por todo o país. Entre eles, eu faço parte deste clube.

Embora nunca tenha posto os pés no solo sul-rio-grandense, eu não nego minhas raízes de ser filho de uma gaúcha. Nos tempos que fui assessor de imprensa do Clube Comercial, os momentos mais intensos foram os que eu vivi durante os eventos realizados pelo seu Centro de Tradições Gaúchas (CTG), o Estância Colorada.

Nunca vesti pilcha, mas sei de cor o Hino do Rio Grande do Sul e posso garantir que poucos paranaenses amam tanto dançar a valsa “Lembranças”, composição de Telmo de Lima Freitas eternizada pelo grupo Porca Véia, quanto eu. Apesar de esta música falar de saudade sentida pelas pessoas mais vividas, ao ouvi-lo também sou movido pela saudade e o que é mais interessante: de algo que nem conheço, mas que sinto como parte de mim...

Ser um paranaense pouco convicto não é algo que me encha de orgulho. Porém, tal como os gaúchos de nascimento, sinto-me mais integrado às atividades da Semana Farroupilha do que da Semana da Pátria.

Que mal tem em acrescentar o vermelho ao verde e amarelo? Viva o 20 de setembro, “o precursor da liberdade”!

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